II RELFET/FLUP

O Programa de Pós-graduação em História da PUC Goiás, comprometido com a formação integral e a disseminação do conhecimento científico, tem ampliado os canais de divulgação dos estudos históricos, fomentando parcerias interdisciplinares e pesquisas em rede. O II Simpósio Internacional da Rede Latino-Americana e Caribenha sobre Feminismos de Terreiros (RELFET), em parceria com a Festa Literária das Periferias (FLUP) e a UFRJ, visa reunir pesquisadoras de distintas etapas de formação.

Essa colaboração, que envolve pesquisadoras de diversas instituições, tem como objetivo evidenciar a participação histórica de mulheres afrodiaspóricas na construção do Brasil, contribuindo para resgatar sua contribuição nas áreas social, econômica e política, em consonância com dispositivos jurídicos e diretrizes educacionais. O evento presta homenagem à historiadora Beatriz Nascimento, cuja obra foi fundamental para repensar a noção de "quilombo" e suas conexões entre Brasil, Caribe e África.

Assim, assumimos no evento a necessidade de que "precisamos falar de nós mesmos", por meio da publicização da trajetória de 100 mulheres negras biografadas pela RELFET no DICIONÁRIO BIOGRÁFICO: HISTÓRIAS ENTRELAÇADAS DAS MULHERES AFRODIASPÓRICAS (vol. 1), mulheres que resistiram, lutaram por liberdade, trabalharam, lideraram e cuidaram de suas proles e comunidades espiritualmente, politicamente, culturalmente, maternalmente e se projetaram como atrizes, cantoras, atletas, escritoras, poetisas, professoras, jornalistas, médicas, enfermeiras, curandeiras, benzedeiras, parteiras, domésticas, charuteiras, artesãs e se aquilombaram. Entre as autoras temos pesquisadoras em distintos níveis de formação, desde a graduação, com pesquisas de iniciação científica e conclusão de curso, até pós-graduação, com pesquisas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, além de pesquisadoras já consolidadas.

Entre as atividades previstas, destaca-se o debate sobre o documentário "Ori" (1989) de Beatriz Nascimento e Raquel Gerber, sobre a história afro-brasileira contada a partir de uma perspectiva negra, tendo o quilombo como fundamento.

O evento, destinado a um público diversificado, incluindo servidores públicos, gestores educacionais, estudantes, docentes, escritores, produtores culturais, intelectuais, acadêmicos e o público em geral, também abordará as trocas atlânticas de Beatriz Nascimento e seu diálogo com a memória das irmãs martinicanas Jeanne e Paulette Nardal, as primeiras mulheres negras a frequentarem a Sorbonne na década de 1920. A curadoria desse debate será realizada pela jornalista martinicana Audrey Pulvar.

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